NEPTUNE SEMINAR SERIES | Jonas Azevedo | 15 JUL  | 11h30

 

Title: O que mudou nas comunidades de macroalgas da costa portuguesa ao longo de um período de 6 anos?

 

Name: Jonas Azevedo

A costa continental portuguesa, apesar da escala espacial relativamente curta, tem um forte gradiente físico que produz uma zona de transição onde coexistem espécies de origem boreal e lusitânico-mediterrâneas. As mudanças climáticas antropogénicas, particularmente o aquecimento da água do mar, devem levar a mudanças rápidas na distribuição de espécies marinhas, incluindo o fenómeno de "tropicalização" das comunidades de macroalgas. Esse fenómeno pode interfirir fortemente na produtividade marinha, sendo assim, um tema de extrema importância. Com isso, o presente estudo teve como objetivo avaliar essa mudanças nos ultimos seis anos ao longo da costa portuguesa. Aproveitando dados coletados em 2012 das comunidades de macroalgas subtidais, foi realizado no verão de 2018 um novo programa de amostragem nas mesmas regiões (Viana do Castelo, Peniche e Sines). Os resultados revelaram mudanças estruturais e funcionais significativas nos últimos seis anos, com aumentos regionais na riqueza, diversidade e biomassa das espécies. Além disso, a “tropicalização” e a homogeneização das comudades de macroalgas subtidais ao longo da costa portuguesa são fortes evidências de mudanças climáticas.

 

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